""Buscamos o
conhecimento, e vocês nos chamam de criminosos.
Exploramos, e vocês nos chamam de criminosos. Não temos
nacionalidade nem tendências religiosas. Vocês constroem
bombas nucleares, criam guerras, trapaceiam e mentem para nós
e nos fazem acreditar que é para o nosso próprio bem.
Sim, sou um criminoso. Meu crime é o da curiosidade, meu crime
é julgar as pessoas pelo que fazem e pensam, não pela sua
aparência. Meu crime é ser mais inteligente que vocês, algo
pelo
qual vocês nunca vão me perdoar.
Sou um hacker, e esse é meu manifesto. Vocês podem deter a
mim, mas não podem deter todos nós.""
Manisfesto de um Hacker
Mas afinal, quem são os hackers? Apenas
criminosos digitais ou simples curiosos? O tema é polêmico a
começar pelo próprio nome. O termo hacker já se encontra hoje
associado a pirata digital, invasor de sistemas e criminoso. Mas
nem sempre foi assim: segundo o "The New Hacker's
Dicitonary", o hacker é uma pessoa que gosta de explorar os
detalhes dos sistemas e descobrir como obter o máximo de sua
capacidade, em oposição à maioria dos usuários, que preferem
aprender apenas o mínimo necessário. Seguindo rigorosamente o
vocabulário do meio, o hacker que se dedica a roubar arquivos ou
destruir dados ganhar outro nome: cracker. Esses sim são
perigosos. Veja abaixo:
Lamer - é o
principiante que se acha o máximo. Acabou de ganhar um micro e já
quer invadir computadores;
Wannabe - é o
principiante que aprendeu a usar alguns programas prontos para
descobrir senhas ou invadir sistemas (receitas de bolo), entrou
num provedor de fundo de quintal e já acha que vai conseguir
entrar nos computadores da Nasa;
Larva - este já está
quase se tornando um hacker. Já consegue
desenvolver suas próprias técnicas de como invadir sistemas;
Hacker - tem
conhecimentos reais de programação e de sistema
soperacionais, principalmente o Unix, o mais usado dos servidores
da
Internet. Conhece todas as falhas de segurança dos sistemas e
procura
achar novas. Desenvolve suas próprias técnicas e desprezas as
"receitas de bolo";
Cracker - é o
hacker do mal, que invade sistemas, enfim afim de dar problemas
à algo ou à alguém;
Phreaker - tem bons
conhecimentos de telefonia e consegue inclusive
fazer chamadas internacionais sem pagar, o que lhe premite
desenvolver
seus ataques a partir de um servidor de outro país;
Guru - o supra-sumo
dos hackers.
Resumidamente, hacker são basicamente feras da informática que
adoram aprender como os sistemas funcionam externa e
principalmente internamente. Algumas pessoas os definem como
desordeiros e pessoas más, mas na verdade os verdadeiros hackers
não são anjos, mas não saem por aí invadindo outros sistemas,
causando danos ou espionando as informações dos outros. Não há
magia no que eles fazem. A maioria das informações podem ser
encontradas aqui mesmo na Internet. É só você realmente começar
a procurar e se informar!
Como eu disse, um hacker não é só um invasor de computadores
alheios. Hacker pode fazer coisas que acreditava-se impossível.
Por exemplo, você já viu o Windows 3.1 funcionando em um
computador sem disco rígido, apenas com um disquete de 3
1/2"?
E já recuperou os dados em um disquete defeituoso, com as
informações do diretório e do mapa do disco (FAT) destruído?
Ou já burlou o computador, para que rodasse um programa que só
funciona com mais memória RAM do que ele tem?
Essas coisas salvam o dia de muita gente, mas o usuário comum
nem imagina que sejam possíveis. Aliás, o usuário comum de
computador nem faz idéia das limitações do computador, muito
menos que é possível contorná-las.
Mas além de coisas obviamente úteis, como as descritas acima,
um hacker pode ser capaz de outras coisas, que são moralmente
erradas (as vezes ilegais). Mas a moral e a justiça são coisas
relativas. Ainda mais que a coisa justa e a coisa legal nem
sempre são compatíveis.
É possível para um hacker, por exemplo, usar um computador sem
autorização. Ou de forma não autorizada. Um hacker de verdade
pode fazer isso, porque pode saber sobre o computador até mais
do que aqueles que o projetaram. Mas se deixar alguma pista de
ter penetrado indevidamente no sistema, geralmente será um aviso
ao responsável pelo sistema, descrevendo as falhas em sua
segurança, e às vezes dando dicas de como resolver o problema.
O ímpeto de aprender como fazer, e o fato de saber que é capaz
de fazer, são suficientes para o hacker. Ninguém além do próprio
hacker precisa saber do que ele é capaz!